data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Renan Mattos (Diário)
Pelo dicionário, a palavra voluntário diz que é tudo aquilo não é forçado, que só depende da vontade, que é espontâneo. Mas para quem decide prestar este tipo de serviço representa bem mais. O Dia Nacional do Voluntário é comemorado há 34 anos em todo Brasil e em Santa Maria, há 3 anos, o Sesc decidiu organizar diversas atividades para celebrar o trabalho de quem se dedica em benefício de outras pessoas, sem obrigação, e sem receber algo em troca.
Desde o início da manhã desta quarta-feira, os voluntários de ONGs e projetos sociais distribuíram café da manhã em postos de saúde para os acompanhantes de pessoas que aguardavam uma consulta e depois se concentraram na Praça Saldanha Marinho. Além da primeira refeição do dia, os moradores de rua e pessoas em situação de vulnerabilidade social que passaram pelo local, ganharam abraços, roupas, sapatos, comida, kits de higiene, cortaram o cabelo e verificaram a pressão.
- É o dia de celebrar a prática do voluntariado e de ter contato com pessoas do bem por isso que o Sesc decidiu reunir e mediar as Organizações Sociais que já realizam essas atividades na cidade e mostrar para as pessoas os grupos que fazem esse serviço de doar seu tempo para outras pessoas. O Sesc hoje está buscando ser referência para quem deseja se capacitar e ser voluntário - explica Elisangela Rodrigues, assistente social do Sesc.
Elisangela comenta que a instituição disponibiliza um curso de 18h que varia de R$ 10 a R$20. A partir daí o voluntário sai capacitado para realizar a atividade e ajudar outras pessoas. No final do curso a pessoa passa por uma entrevista para traçar o perfil e saber qual o melhor lugar que irá atuar.
Prédio da SUCV é iluminado com luzes laranjas em alusão ao Agosto Laranja
O Centro de Valorização à Vida (CVV), a ONG Infância Ação, ONG Amor Exigente, Cruz Vermelha e Esquadrão da Alegria estiveram presentes na atividade organizada pelo Sesc. Patrícia Koefender, 31 anos, é voluntária da ONG Infância ação há 2 anos. Ela conta que decidiu ser voluntária no impulso e já percebe muita mudança no seu dia a dia.
- A gente acha que nós vamos mudar a vida das outras pessoas, mas é elas que mudam a nossa. A gente passa a enxergar as outras pessoas de forma mais humana. O contato com os moradores de rua foi algo bem rico porque eles são tão invisíveis na sociedade é um carinho mínimo, é uma atenção básica, uma risada, uma brincadeira. Isso muda o modo de como a gente encara os nossos problemas - relata Patrícia.
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A recicladora Lizi Brasil, 49 anos, se caracterizou de palhaço para distribuir abraços. Além de esbanjar alegria, ela demonstrava no rosto a felicidade em fazer parte da ONG Amor Exigentinho.
- Depois de ter entrado em uma depressão muito forte e conseguir sair, eu percebi que poderia ajudar outras pessoas. Nós trabalhamos com os adultos com problemas de alcoolismo e outras drogas e daí já trabalhamos com as crianças dessas famílias - conta Lizi.
A partir 18h, a instituição irá reunir os voluntários para que todos conheçam melhor o trabalho das ONG e dos Projetos Sociais da cidade.